domingo, 5 de maio de 2013

Fazenda Rio do Peixe

Bonito, 4 de maio

Hoje fomos à fazenda Rio do Peixe, que fica a uns 53Km de Bonito, perto de Bodoquena.
A fazenda se divide entre a criação de gado e o turismo, como algumas outras fazendas da região.
Além das ótimas cachoeiras para banho, o local se torna especial por 2 motivos: a sensasional comida regional servida num almoço farto, desses que nunca havia visto antes e o simpático dono, o seu Moacyr.
É seu Moacyr quem vem recepcionar os turistas que chegam, contando piadas e deixando logo todos bem à vontade. O lugar é lindo e tem o privilégio de ter dois rios passando dentro da fazenda, sendo que um deles, o que da nome ao local, nasce ali mesmo. Águas muito cristalinas, piraputangas que vem comer milho e sair nas fotos.
O programa inclui uma trilha de 1,5km pela mata ciliar (*) onde passamos por 6 cachoeiras para banho, com direito a salto de 6 metros por uma plataforma.


Rio do Peixe com as piraputangas




Na cacheira que tem a plataforma de salto. Eugenio saltou, eu não consegui. Descobri que não é medo de altura e sim, de pular de um lugar alto. Com a corda do rapel tudo bem, mas pulando sem nada ainda não encaro nem 3 metros. Só Freud explica.





Depois da caminhada e dos banhos, hora do farto almoço, delicioso, acho que comi mais de 1kg de comida, além dos doces caseiros, um ode à gula.


Almoço de rei






Ao término do almoço seu Moacyr apareceu com uma cesta cheia de bananas, partiu em padaços e distribuiu a cada hóspede para alimentar os macacos prego. Formamos uma fila e ficamos agachados esperando os macacos que foram chegando em bando, atendendo ao chamdo do seu Moacyr. Primeiro ele chamou o chefe para se alimentar e depois o bando inteiro. Bem divertido, alguns macacos eram mais esfoados que nós.

Macaco prego aguardando a hora da refeição




Depois, como ninguém é de ferro, quem quis fazer uma sesta foi para o redário que fica ao lado de um dos rios. Eu, como não sou de dormir após o almoço, fiquei por ali mesmo sentada num banco de madeira perto do rio, Eugenio me fez companhia. Teve hora que bateu um soninho, mas num lugar como aquele eu queria era mesmo ficar o máximo de tempo bem desperta.
Hora do segundo show. As araras que vem comer e tirar fotos com os turista. Seu Moacyr chama as araras que vivem livres na fazenda. Ele disse ter levado 2 anos para domesticar essas araras. Parece que elas já sabem a hora certa de ser alimentadas e ficam fazendo o barulho típico das araras, avisando que estão próximas.
Seu Moacyr as chama pelo nome: Lara, Laura e Lauro e elas vêm, primeiro a arara azul, depois a vermelha, a amarela e por último a desconfiada arara laranja, filhote de um cruzamento improvável entre a arara vermelha e a azul, mas a natureza deu o seu jeito. Temos fotos com todas elas, mas somente a azul é que vai no ombro dos turistas, as demais ficam esperando pacientemente serem autorizadas pelo seu Moacyr a iniciar a refeição.


Nós com a arara azul






Depois do show das araras fomos para uma caminhada, bem menor que a primeira e passamos por uma cachoeira, que aparece na foto de divulgação da fazenda e por fim um trecho do rio com uma tirolesa a 3 metros de altura. Depois do almoço me recusei a entrar na água, estava com o estômago tão lotado que achei mais seguro fazer como as jibóias, ficar quietinha após a farta refeição.
Não posso deixar de mencionar a nossa competente e corajosa guia Luciana (Lu), a 13 anos como guia de turismo na fazenda e, que não só nos acompanhou durante todo o passeio contando causos e explicado sobre a fazenda e algumas árvores, como também foi corajosa em entrar em todos os pontos de banho, mesmo à tarde com o céu nublado.


A cachoeira cartão postal




(*) mata ciliar e a mata que protege os rios, como os cílios protegem os olhos, e é a responsável por não deixar que o terreno das margens do rio, desbarranque e suje as águas. Não é permitido desmatar nas margens dos rios, pelo menos atualmente, sendo necessário deixar a mata nativa por 75m a 90m preservada.

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