domingo, 17 de junho de 2012

Los perdidos

Oi !!!!  Hola !!!!!

Aqui estou novamente. Demorei a postar, mas aqui estou.
Continuando desde Sevilha.
Ainda não contei sobre o hotel onde nos hospedamos em Sevilha, um palacete Sevilhano preservado, nunca vi nada igual, muitas salas e corredores, escadas, tetos baixos e também outros muito altos seguindo o estilo gótico, um mini museu.
Me diverti muito por lá, cada vez que entrávamos e saímos nos perdíamos e aí se iniciava a procura de onde estava o corredor que dava acesso ao nosso quarto. Teve uma noite que entramos numa cueva, um local tipo labirinto estilo caverna, muito interessante, mas um pouco assustador à noite devido a pouca iluminação.   Registrei em foto alguns locais do hotel, outros que gostei não consegui encontrar de novo para poder tirar uma foto.
Vejam só essa a seguir:



Eu na "cueva", um dos corredores da hotel em Sevilha

Em Sevilha pegamos o carro para partirmos para os Pueblos Blancos e aí começou o stress. A locadora nos deu um polo hatch. O primeiro stress foi encontrar o estacionamento onde estava o carro, aqui ninguém te leva pela mão, dão as informações necessárias e você que faça o resto. Fomos com nossas 3 malas e várias bolsas de compras em Sevilha procurar o carro, sob um sol de 35 graus, aliás em Sevilha o verão já chegou, apesar do povo do local ter dito que em agosto a coisa é bem pior, a temperatura chega a atingir 45 graus e além disso o clima é seco, na sombra é ótimo, mas sob o sol você sente queimar a pela, aliás estou bronzeada e com a marca da camiseta, devia ter saído de biquini para visitar a cidade, rs rs rs.
Bem, encontramos o carro e o próximo passo era descobrir como abrir a mala, o Eugenio pegou logo o manual para ler e eu como sou mais impaciente fui logo procurando alguém no estacionamento que conhecesse o carro e nos ajudasse, encontre logo e com a informação foi rápido. Olha, nem lendo o manual nós descobriríamos que a mala abre acionando o símbolo da wolkswagem. Abrimos a mala e que decepção, mal coube as nossas malas, as bolsas de compra claro que tiveram que ir no banco de traz do carro; já fiquei de mal humor.
Passando o stress inicial fomos em direção ao nosso próximo destino, Verger de La Frontera, o primeiro pueblo blanco do nosso roteiro. O único problema era sair da cidade e encontrar a estrada, estávamos com o GPS e com o guia de estrada, mas essas coisas só funcionam bem no papel, na prática o melhor GPS ainda é a informação verbal de uma pessoa que conhece. Tive que usar meu portunhol no trânsito para agilizar o percurso.
Nos perdemos pelo menos 2 vezes até sairmos na direção correta e isso aconteceu ao longo desses dois dias na viagem de carro.
Na rota entre Verjer e o nosso próximo pueblo blanco El Bosque, o GPS nos indicou uma estrada diferente da que estava na placa indicativa da estrada, confiamos no GPS e fomos parar numa estrada mais afastada entre fazendas de girassol, a surpresa foi ótima, mas tivemos que parar numa vendinha de estrada para nos certificarmos do caminho, afinal não cruzava nenhum carro pelo nosso. Mas em compensação as fotos ficaram ótimas.
Chegamos a El Bosque depois de dar uma voltinha pelas fazendas, aliás os pueblos blancos são cidades do interiro da Andaluzia e que atualmente a economia gira em torno da agricultura e do turismo. Na época medi
eval foram locais nas montanhas em que os andaluzes escolheram viver para dificultar as invasões de povos estrangeiros, então ao redor de cada pueblo foi construída  uma muralha com uma fortaleza, algumas estão muito bem preservadas. E eu como sou fã de história adorei poder visitar esses locais e voltar no tempo.
Dormimos em Verjer de La Frontera, mas antes passamos em Jerez de La Frontera e fizemos visita a uma bodega (vinícula), pensei em somente degustar o vinho xerez, mas acabamos fazendo uma visita guiada com um grupo que nos atrasou algumas horas e algumas compras, mas o vinho estava ótimo.
Verjer de La Frontera é um pueblo lindo, lamentei de ter ficado tão pouco tempo. Ficamos num hotel muito simpático, mas também com muitas escadas para acessar o nosso quarto, o que inicialmente me deu o maior mal humor, já que a bagagem estava ainda maior, mas o pessoal foi tão solícito e o local é tão bonito que o mal humor passou logo. Aproveitei bem a noite andando, e nos perdendo, nas ruelas da cidade, aliás como é fácil se perder num pueblo blanco, todas as casas são brancas, as ruas são estreitas, os muros altos e você não tem a menor idéia de onde está nem para onde está indo. Claro que ligamos o GPS para caminhar, mas o que valeu mesmo foi a informação boca a boca, e dá-lhe portulhol.
No dia seguinte partimos em direção à Ronda, passando por outros pueblos blancos lindinhos. Paramos nos que pudemos e nos perdemos sempre. O GPS nos indicou um caminho "irado" numa estrada pela serra da Grazalema, a estrada passa dentro do parque natural é sinuosa e com muita altitude, mais de mil metros. As vistas deslumbrantes, mas confesso que fiquei com medo em alguns momentos e com um olhar fuzilante para o GPS, até porque havia uma estrada bem melhor para a cidade onde iríamos, mas acho que o GPS estava programado para viagem de aventura. Passado o momento tenso, ficaram as vistas magníficas do topo da montanha e algumas horas de atraso na viagem. A essa altura do campeonato o roteiro que fiz incialmente e que foi esquecido em casa foi totalmente alterado.
Estive 2 vezes perto do mar e não fui até a praia, uma em Verjer que tem uma praia a  10 km no oceano atlântico e outra em Málaga, no mar Mediterrâneo, que passamos bem ao lado na estrada que chega a Granada, então praia somente na França.
Agora estamos em Granada, chegamos á noite, não vimos a cidade e amanhã já temos ingresso comprado para visitar  a Alhambra e o Generalife, certamente mais um dia dedicado exclusivamente para visitação a dois locais históricos, mas tenho certeza que será inesquecível tamanha a beleza do local, só de ver pela Internet.
Bem, aqui já é 1h46min da madrugada, ainda não me acostumei com os dias longos e as noites curtas. Janto quando é noite e aqui na Andaluzia a noite só chega depois das 22h no verão, então não dá para dormir cedo, mas como somos turistas e com muitas coisas para ver também não dá para acordar tarde, então seguimos dormindo de 5 a 6 horas por noite,aliás 6 horas é um luxo. Vou precisar de umas férias quando chegar ao Brasil.

Agora fiquem com as fotos.
Abraços e até a próxima onde contarei de Ronda e de Granada



Em Vejer de La Frontera onde meu coração ficou.




Campos de girassol



Uma festa em Ubrique. Que vontade de ficar lá ....



Dois milagres: a  impressionante fenda no rio Guadalquivir em Ronda, um capricho da natureza e




o produto da inteligencia de um arquiteto do século XIX.





3 comentários:

  1. Lindos parajes. Adoro campos de girassois! Escuchen Pueblo Blanco de Juan Manuel Serrat. E vai portunhol.
    beijão Ximena

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  2. Me olvidé, beban mucho jerez (fino) por mí.
    Besote,
    Ximena

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  3. Bela foto desse campo de girassol. Gostaria de me perder em uma viagem como essa e ter o prazer de descobrir uma paisagem maravilhosa! Até que valeu a pena a dica do GPS rsrs!

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